segunda-feira, 16 de julho de 2012

Por que não adoecer - parte II

Depois de ter de enfrentar o sistema público de saúde sem nenhum sucesso no problema do corpo estranho no olho, tive de dormir com o incômodo e só no dia seguinte procurar uma solução. Sim. No outro dia o cisco ainda irritava minha visão e causava dor no meu olho esquerdo.

A alternativa era marcar uma consulta "particular" com o meu oftalmologista, que apenas me atendeu porque insiti com a secretária, explicando a urgência do caso. Ela me "encaixou" em um horário, e dentro de dez minutos a contar daquela ligação eu estava no consultório.

Chamado à mesa de atendido por uma das secretárias, expliquei a situação e a frustrante experiência da noite anterior. A moça então pediu para que eu aguardasse, e dentro de instantes ela voltou com um colírio anestésico - o mesmo maldito colírio anestésico da noite anterior.

Depois de me aplicar aquela "porcaria", me encaminhou para uma sala de espera específica, afirmando que logo logo eu seria chamado. O tempo foi passando, meu olho anestesiado, eu mal conseguindo assimilar as imagens da TV, gente entrando e saindo, e eu ali, esperando, esperando, esperando... Parecia um déjà vu da noite no pronto atendimento.

Depois de cerca de quarente minutos é que fui chamado na sala do médico, que é com quem eu consulto quando o assunto é minha visão. Como de costume, o senhor foi muito prestativo e simpático. Atencioso, examinou com presteza meu olho, e não encontrando o corpo estranho de imediato, persistiu na procura. Meu olho fora revirado e por fim encontrado o "enorme" corpo estranho.

Só então pude realmente me sentir aliviado, pois estava livre da dor e da irritação. Mas estava um bocado mais pobre e sem ter concluído todas as tarefas que tinha minuciosamente planejado para aquela manhã.

Dirigindo até em casa novamente refleti a respeito do porquê em se manter saudável, em cuidar do corpo e da saúde. Pois até mesmo o sistema privado de saúde tem seus incovenientes, embora  não haja comparação com o público. Só que há o custo, e como em quase tudo no Brasil, a saúde também gira em torno do dinheiro.

Parece tosco falar, mas o melhor remédio ainda é prevenir. Pois ter de depender de um sistema falho, ou ter de abrir mão de considerável quantia para ter acesso à saúde é realmente um atentado à dignidade humana, por vemos que o destino de nossas contribuições em impostos é diverso ao dos nossos verdadeiros desideratos.

E que venha a Copa do Brasil em 2014, e as Olimpíadas dois anos depois!

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