quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Café à meia noite

Não estava em meus planos sentar a frente deste notebook companheiro, às 23:30hs e escrever uma postagem para o blog. Meu objetivo era apenas deixar um recado no orkut à minha namorada, pois hoje é seu aniversário, e apesar de eu ter passado parte da noite com ela, se faz necessário um registro público do quanto eu a estimo, do quanto eu a admiro, e do quanto eu a amo. Aqui um segundo registro, não tão público quanto o primeiro.

Apesar de não ser minha pretensão postar algo a essa hora da noite, após ler o que o meu nobre amigo Tadeu Marcon escrevera em seu blog, eu não poderia deixar de retribuir. Mesmo o rapaz tendo dito que não deveriam os seus dizeres serem tomados como elogios derramados, mas sim como constatação, tomei como um elogio, sim, pois é tão bom ouvi-lo, sobretudo em uma semana difícil e cansativa, embora esteja ainda na metade. Só que há um exagero. Leio blogs, jornas, livros, doutrinas de direito. Mas não tenho o dom para a escrita. Não consigo ser claro o suficiente. Sempre julgo meus textos ruins. E de fato, o são. Mas escrever em um blog como o meu é colocar o papo em dia, mesmo que seja comigo mesmo. E fico feliz de saber que é do agrado do amigo, que fizera com que mais duas pessoas me seguissem. Sem frescura alguma, fiquei muito contente com isso, mesmo tendo pensado na possiblidade de terem me "seguido" de forma "forçada".

Mas é isso aí Tadeu. É com uma xícara de café na mão, e na companhia de bons amigos ,que elucidamos ideias salvadoras do mundo, que debatemos indignações diárias, que falamos besteiras moralmente não aceitas. E ainda estamos perdoados por isso, sem qualquer tipo de penitência.

O Café Expresso é isso: café entre o quente e o morno, de preferência em uma caneca grande, sentado em um banco com um jornal na mão, deixando a cafeína aviventar a mente, pondo nas pontas dos dedos o produto do estímulo que a bebida proporciona. Seja manifestando indignações jurídicas, ou declarando o meu amor... seja reclamando do meu time de futebol, ou ainda comentando aquele filme de ontem. Novelas? Não, por favor, não falemos de novelas.

Falemos de cultura. Falemos do blog do Tadeu Marcon, um verdadeiro escritor, poeta refinado, capaz de enxergar além do que os olhos podem ver. Talvez seja  apenas um dom. Mas eu creio que não, que é mais. Para mim o Tadeu não apenas escreve bem, mas também demonstra o quanto belo é o seu interior, cheio de poesia, amor e vinho tinto colonial do meio dia. Leiam o que ele escreve e saberão do que estou falandoo.

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Eu ia estudar Direito Penal antes de dormir. Mas, mesmo com o café da meia noite, não há outra  alternativa senão deitar, me cobrir, e pensar na minha consulta no oftalmologista amanhã.